No terceiro trimestre de 2014 adquirir um notebook da Avell modelo Titanium B155 MAX. Embora a empresa tenha 9 anos de mercado brasileiro, para mim a Avell era uma completa desconhecida até este último ano. Seu foco é na montagem de notebooks de alto desempenho, especificamente para jogos. A avaliação de seus clientes tem sido muito boa, mas basicamente no uso com o sistema da Janela em jogos.

Neste texto faço o relato de minha experiência numa desta máquinas, do ponto de vista de um usuário de Slackware, com ao menos 20 anos de experiência neste GNU/Linux. Embora a máquina seja desenhada para jogos, seu uso aqui não será SteamOS + jogos, meu foco estará na compatibilidade, configuração e uma crítica avaliação da qualidade da máquina.

Inicialmente dou uma visão geral do equipamento, apresentando prós e contras de sua aquisição. Num segundo momento faço uma abordagem mais técnica com foco na compatibilidade em meu GNU/Linux, apresentando algumas configuração e otimizações para o hardware, afim de deixar a máquina o mais usável possível.

Primeiras Impressões

Apesar de alguns game players mais entusiasmados gritarem ao fazer o unbox do note no youtube, o notebook em si não é um primor em design, estando ainda bem atrás do desenho dos HPs, Sony ou Acer Americanos (sem comentários sobre os modelos nacionais). O notebook é todo em um plástico cinza escuro, com textura de aço escovado na tampa, linhas retas e simples, sem nenhuma elegância, afinal elegância lhe falta e muito. Embora pareça bastante resistente, em algumas semanas de uso a carcaça já apresentava alguns pequenos arranhões, e depois de um ano já são vários e isto sendo sempre guardado em bolsa de couro acolchoada desde o primeiro dia. Mas dou aqui um voto de confiança, o que ele perde em “elegância” a Avell promete superar em qualidade e desempenho do hardware empregado, e admito que tem respondido muito bem a estas expectativas.

Mais alguns prós e contras sobre o equipamento a seguir.

Pró: Personalização na Compra

A capacidade de personalização dos notebooks da Avell é fantástica e ainda melhor que a da Dell em seus tempos áureos (atualmente não exite personalização na Dell Brasil). Troquei o processador i5 por um i7, o leitor de Blu-Ray/DVD+/-R por um suporte para HD ODD, haviam três modelos de Wireless, SSD, algumas configurações de memórias, cor, gravação do nome na tampa, … São muitas as opções. Para os entusiastas em personalização é um prato cheio.

Li alguns artigos na rede, em especial um que discutia a combinação adequada de processador vs. placa de vídeo para notebook (infelizmente perdi este link), onde consegui compreender melhor as configurações disponíveis na loja da Avell. Em geral as configurações básicas de cada modelo seguem bem as recomendações CPU vs. GPU NVidia, de forma que trocar de CPU em geral não trará grandes ganhos na performance, a menos que tenha outros objetivos para a máquina que não seja os jogos.

As únicas peças fixas em cada modelo de notebook são o monitor, a placa mãe, GPU NVidia e o som, visto que estes últimos estão integrados à placa mãe não é possível a troca. Neste caso deve trocar de modelo, que também não faltam opções.

Pró: Possibilidade de Alteração Pós Compra

Embora o notebook venha lacrado, é possível efetuar pequenas alterações ao hardware como a substituição de HD, memórias, placa de rede, dispositivo mSata, … Para isto o proprietário necessita entrar em contato com a Avell comunicando a substituição da peça. Em seguida eles lhe enviam um email com a autorização para a operação. Este é um procedimento padrão, também usado pela Dell durante a compra de meu último XPS 15. Usei este artifício para adicionar um SSD de 240GB ao note, que estava com um preço mais interessante no Mercado Livre.

Pró: Não Obrigatoriedade da Comprar do Sistema Operacional

Esta é uma antiga reivindicação dos usuários Linux, ao menos era…, o notebook pode ser adquirido sem Sistema Operacional (SO). Mesmo que comprado sem o SO, o notebook veio com um Windows 8.1 instalado de fábrica (agora provavelmente deve vir com o 10), uma espécie de versão trial com 30 dias (ou mais) para testes. O próprio sistema direcionado o usuário para o site da MS para adquirir uma chave de ativação.

Mas não se iluda, o objetivo aqui não é satisfazer aos usuários GNU/Linux mais conservadores. A Avell nem mesmo possui um suporte técnico adequado para lhe auxiliar na remoção do Windows. Para ser mais preciso eles estavam totalmente desinformados sobre tais procedimentos, o que me rendeu algumas horas de tentativas frustradas. Como descreverei mais adiante.

Contra: Demora na Entrega (um ano atrás)

A Avell tem crescido muito suas vendas, mas me pareceu pouco preparada para atender o montante de equipamentos negociados. Embora o prazo de entrega tenha sido cumprido, os 30 dias corridos para a entrega foram muito inconvenientes, como seria em qualquer compra. O excessivo prazo de entrega foi uma dos empecilhos na decisão da comprar.

Mas como anunciei no título desta subseção, isto foi a um ano atrás. Já faz uns cinco meses que a Avell tem feito um esforço em entregar alguns modelos em tempo mais curto e no momento em que reviso este texto, o meu modelo (já atualizado com a NVidia GTX 950M), assim como outros, estão com prazo de entrega de sete dias úteis, enquanto que outros mais top estão com prazo especial de três a cinco dias úteis para o envio. Isto é bem melhor do que os prazos trabalhados no ano passado.

Contra: Assistência Técnica Limitada à Santa Catarina

Este não seria problema algum se o equipamento chegasse às minhas mãos sem problemas, com tudo funcionando. Mas estava com um “encosto” forte na época e é óbvio que o equipamento apresentaria algum problema.

As teclas de seta (para cima, para baixo, direita e esquerda), bem como as teclas ao entorno estavam mau encaixadas ou algo parecido. Com isto estas teclas faziam um ruido muito alto ao serem pressionadas, além de falharem algumas vezes.

Como é de se esperar de toda assistência técnica, eles tentaram me fazer acreditar que o problema estava atrás do teclado, o que diante da quantidade de tolices que a área técnica houve constantemente não é de se esperar atitude muito diferente. Portanto respirei fundo e insisti (quase berrei…) no reparo.

Pró: Assistência Técnica Rápida

Isto fez com que o notebook viajasse novamente para Santa Catarina para a substituição do teclado. O processo todo foi bem rápido, demorando basicamente o tempo dos correios. O reparo foi feito em dois dias e logo em seguida me foi reenviado.

Por fim o notebook retornou e está impecável. Espero que o “encosto” tenha passado.

Mais ou Menos: Design, Qualidade e mais Algumas Observações

Quando se faz muitas perguntas sobre o hardware, as assistências técnicas em geralmente são muito evasivas e quase nada informativas. Se a palavra Linux aparecer no diálogo eles logo vem com a desculpa “Não prestamos assistência técnica ao Linux”. O que eles não entendem que não queremos assistência aos moldes do Windows (pressione Alt+…). Para o kernel Linux Alt+isto ou aquilo não faz a menor diferença. O que necessitamos são informações o que para muitas assistências é algo como “é ele possui placa de vídeo!” Bom, confesso que estava bem esperançoso com a assistência técnica da Avell, mas não foi nada diferente de todas as outras que consultei.

O hardware apresentado me parece muito bom, mas algumas informações como fabricante da placa mãe, chipset, controlador SATA, controlador USB, … como de praxe não são informadas. Infelizmente não se tem acesso a todos os componentes montados e nem mesmo possuo conhecimento técnico para avaliar a todos. Com exceção a hardwares mais pontuais como CPU, GPU, HD, memórias, Wireless, … não saberia muito como avaliar as demais.

O design do equipamento é rústico, sem destaques. Não dá para comparar com o Acer Aspire S5 com suas curvas suaves e bordas arredondadas, enquanto que o Titanium B155 MAX vem em linhas retas, cortes retos e sem graça. A qualidade da carcaça não é ruim, os encaixes são bem precisos, sem rebarbas, apenas parece algo rústico, bem distante das linhas dos notebooks modernos.

A distribuição das portas USB e demais encaixes são mal pensadas. Ficam na altura de descanso das mãos e do mouse, o que ocasiona, volta e meia, esparro nos dispositivos conectados, levando a erros de leitura e problemas na conexão. Pelo que li sobre este modelo, isto se deve à pequena espessura do modelo, que impossibilita a colocação destas saídas mais próximas ao monitor, onde ficam as saídas de ventilação do notebook.

As saídas de som são outro ponto baixo neste modelo. Até acredito que o hardware de som possa ser de boa qualidade, mas os alto-falantes deste modelo são muito fracos, em alguns momentos parece mais um sussurro.

O display possui uma resolução excelente, 1980×1024, no entanto o Led-Backlit não chega a ser competitivo com um WLED display com TrueLife, como o que tinha no XPS 15 – L502X da Dell. A visibilidade é de fato boa para quem se posta à frete do monitor. Desvios na posição dos olhos acima de 45ᵒ do eixo de visão e os tons mais escuros ficam alterados. Para texto isto não faz muita diferença, mas em animações, jogos e fotos, isto dificulta a compreensão das imagens.

Outro ponto desagradável é a qualidade medíocre dos adesivos com o nome da marca. A falta no cuidado com este detalhe crucial que é a logomarca da empresa é espantoso. Na tampa do notebook tem cindo letras adesivas formando no nome da marca “AVELL”.

avell_logo_01

No entra e sai da bolsa a letra “V” foi a primeira a se soltar, em menos de 1 mês de uso. Neste momento passei a ter um note “A ELL”. A alguns dias atrás foi a vez da primeira letra “L”, e no momento tenho um note “A E L”. Para mim não chega a ser um incômodo, mas para a imagem da marca a mensagem passada definitivamente não é de qualidade.

Comuniquei ao vendedor em uma conversa ocasional quando a primeira letra se soltou. O vendedor mandou um email pouco educado para a assistência técnica, solicitando que me fosse enviado novos adesivos. Não tive resposta da assistência técnica e também não fui atrás. O notebook funciona da mesma forma, o único prejudicado no episódio é a marca, que desfila em minhas salas de aulas me levando a repetir sempre a mesma frase: “o note é um Avell, mas as letras v e l se soltaram em poucos meses de uso”. Definitivamente isto não levanta interesse algum à marca.

avell_logo_02

O Hardware

O básico do hardware do Titanium B155 MAX está resumido na tabela abaixo:

[TABLE=57]

Abri mão da unidade ótica para poder usar um SSD juntamente com um HDD convencional. Em meu último notebook, um Dell XPS 15, utilizei o leitor de Blu-Ray para ler um único Blu-Ray disk nestes três anos, em um teste com uma mídia de jogo do PS3 de meu filho. Desde então não li mais mídias Blu-Ray e mesmo os CDs/DVDs que cheguei a ler/gravar, foram poucos e de pouca relevância. Todos os aplicativos modernos, que uso, são baixados através da web, mesmo os jogos. Isto deixa pouca, ou mesmo nenhuma, relevância para as mídias óticas em meu uso. Eventualmente isto mude com o tempo, mas no momento acho irrelevante leitor/gravador ótico. Caso isto mude, existem bons e acessíveis gravadores externos.

O SSD Kingston SV300S37A240G havia adquirido no MercadoLivre a algum tempo atrás. Nas primeiras instalações chegava a taxa de transferência de 450MB/s, no hdparm, mas atualmente não tem passado muito de 260MB/s. Deve ser alguma fragmentação excessiva após diversas instalações em teste e sem habilitar o suporte ao TRIM. Pelo que andei lendo devo fazer um “full erase” no SSD com ferramentas da Kingston para restaurar seu desempenho, o que o momento me impede. Em algum momento dou uma olhada nisto e escrevo algo a respeito.

hdparm -tT /dev/sda

/dev/sda:
 Timing cached reads: 28408 MB in  1.99 seconds = 14252.79 MB/sec
 Timing buffered disk reads: 784 MB in  3.00 seconds = 261.30 MB/sec

O HD é um HGST (Hitachi Global Storage Technologies, uma subsidiária da Western Digital) de 1TB, 7200rpm e 32MB de cache. O desempenho é bem próximo ao de um HD de desktop. Algo que tem sido crescente nos disco de notebooks ao longo dos anos.

[prompt]hdparm -tT /dev/sdb

/dev/sdb:
 Timing cached reads:   30548 MB in  1.99 seconds = 15329.47 MB/sec
 Timing buffered disk reads: 414 MB in  3.00 seconds = 137.85 MB/sec

O processador I7 Haswell – 4810MQ não foi nada mais do que o esperado. Como vem fazendo nas últimas gerações de sua linha I7, cada nova geração tem custo de produção inferior a anterior, redução nas espessuras das trilhas e um leve aumento na frequência do processador, com quase nenhum adição de tecnológica na arquitetura do processador. Isto tem resultado num aumento da capacidade de processamento basicamente pelo aumento na frequência e pouco em otimização do processador. Em suma, um aumento de 30% no clock em relação do processador de meu antigo I7 2a geração do meu XPS, resultou um aumento de 30% no desempenho neste processador.

A verdadeira adição ao novo I7 ficou por conta da redução da temperatura de operação e do consumo do processador. Praticamente não ouço a ventoinha do processador ligar em usos convencionais, o que era normal em meu antigo XPS.

O Desafio da Bios

O acesso a BIOS/EFI foi o maior desafio à instalação do GNU/Linux neste notebook. A assistência técnica me informou para pressionar o Shift durante o boot para acessar o setup da máquina, mas estavam completamente errados. As informações de boot eram omitidas por uma imagem deixando-o totalmente às cegas, com repetidos reboots e frenéticos apertos de <F8>, <F9>, …, <Shift+…>, …, sem qualquer resultado.

Entrar na BIOS desta máquina exigiu um pouco de malabarismo, por conta do Windows 8.1 instalado. Embora o notebook tenha sito comprado sem sistema operacional ele veio com o recém chegado ao mercado (na época) Windows 8.1 e com o seu incrível sistema de segurança contra o proprietário.

Não adianta pressionar <F2>, <F9> ou <F12> freneticamente durante a inicialização pois o “Intel(R) Rapid Start Tecnology” pula a entrada da BIOS chamado o Windows automaticamente. Para acessar a BIOS é necessário pedir permissão através do Windows. Hoje talvez isto não seja uma novidade, mas na ocasião irritou muitos usuários GNU/Linux.

O processo está bem documentado na internet e vou indicar apenas os passos essenciais aqui. Neste momento coloque o seu pendrive com a inicialização do seu GNU/Linux, numa porta USB e siga os passos abaixo para reiniciar pelo pendrive:

  1. Inicie o Windows;
  2. Primeiro entre no menu de configuração, passando o mouse na lateral superior direita do Windows;
  3. Em seguida selecione “Configurações”;
  4. Depois “Mudar configurações do computador”;
  5. Isto vai abrir um menu à esquerda. Selecione “Atualização e recuperação”;
  6. “Recuperação” mais uma vez;
  7. E depois em “Inicialização avançada” tecle a caixa “Reiniciar agora”;
  8. Isto vai fazer uma reinicialização rápida no computador em uma forma de modo de segurança, ou algo parecido;
  9. Agora você deve selecionar “Solução de Problemas”;
  10. Depois “Opções Avançadas”;
  11. E por fim Reparo de Inicialização. Agora é ficar esperto…

Neste momento o notebook irá reiniciar de fato. Quando isto acontecer você deve pressionar <F2> freneticamente. Caso contrário terá que refazer o processo.

Me lembro de ter visto um usuário do Windows dizendo que este é o modo “Amigável” de se acessar a Bios em seu PC. Pelo visto a MS está conseguindo redefinir a ideia de “Amigável” para seus usuários.

Fiz um filme no VirtualBox com uma instalação do Windows 8.1 para ilustrar o acesso à BIOS e o coloquei neste link: “Entrando na Bios do B155MAX”

A Bios

Como todo notebook, a Bios do B155MAX é bem simples, com poucas opções de configuração. Não me lembro bem se cheguei a alterar algo, mas de qualquer forma segue abaixo as imagens das telas da bios:

Ao pressionar <F2> durante o boot deve aparecer a frase “Entering Setup…”, logo após a versão da Bios ou mesmo ao final, após detectar os dispositivos ATA/ATAPI, depende do momento em que o pressionamento da tecla <F2> for reconhecido.

b155max_bios_01

Em seguida abre a tela principal da bios, com a configuração de memória, discos, data, …

b155max_bios_02

A Advanced, onde desabilitei o logo da bios:

b155max_bios_03

A tela Securit, define senha para a bios:

b155max_bios_04

A tela Boot, define opções de boot:

b155max_bios_05

Se tiver comprado a máquina sem sistema provavelmente aqui deve vir com a UEFI desabilitada. Para confirmar entre na opção UEFI Setting e desabilite caso não estiver.

A próxima tela que é a mais importante. Se tiver inserido um pendrive com sistema em uma das portas usb, ele deve aparecer na lista Boot Override. Em meu caso apareceu como SanDisk, ao final da lista. Selecione este dispositivo e pressione ENTER para reiniciar pelo pendrive:

b155max_bios_06

Após isto o sistema irá iniciar pelo pendrive:

b155max_bios_07

Deste ponto em diante basta fazer a instalação como de praxe.

Algumas Palavras Sobre a Instalação

O Slackware não tem tido um relacionamento muito empolgante com as novas “tecnologias” de boot. O suporte ao EFI na versão 14.1 deixa a desejar. No atual current (de 30/08/2015) as coisas parecem estar arrumadas. Mas não ando fazendo muitas instalações para atestar os detalhes.

Na versão atual do current, o kernel está na versão 4.1.6 (a última versão). No momento em que peguei esta máquina a versão erá a 3.18.XX. Mas foi somente a partir da versão 4.0 que foi adicionado o suporte a placa de rede Wireless Realtek 8723BE. Por este motivo tive que acessar a rede através da rede cabeada, por algumas horas.

O drive genérico na NVidia, nouveau, não funcionou com o kernel 3.18 e nem com o 4.0. Com o 4.1 não cheguei a testar. No momento estou usando o driver da NVidia com Bumblebee para comutar entre o VGA Intel e o NVidia.

Kernel: Ajustando o kernel Linux

Tenho uma fissura por um kernel mais enxuto e sempre que instalo uma máquina para mim, personalizo o kernel. O kernel padrão (do Slackware 14.1) não possui suporte para a placa wireless Realtexk 8723BE, e portanto terá que baixar o kernel por meio de outra máquina ou se conectar a rede via cabo. O RealTek RTL-8169 Gigabit Ethernet funciona bem com o kernel padrão.

Baixe a última versão do Kernel Linux do Kernel.org, no momento em que escrevo este texto é a versão 3.17.2. Em seguida instale na pasta do sistema em /usr/src (outra pasta que é um link para uma pasta no HDD, compilei muitos kernels). Os comandos a seguir fazem a instalação básica do kernel:

cd /usr/src
[prompt]wget https://www.kernel.org/pub/linux/kernel/v3.x/linux-3.17.2.tar.xz
...
[prompt]tar xvf linux-3.17.2.tar.xz
...
[prompt]rm linux
[prompt]ln -s linux-3.17.2 linux
[prompt]cd linux
[prompt]make mrproper
...

Agora o kernel está pronto para ser configurado. A configuração do kernel é um processo longo e cheio de detalhes os quais vou me abster aqui, ainda porque não sou nenhum expert no assunto e acabaria por falar inverdades. Li um monte de informações na internet e documentação do kernel e do sistema para montar uma configuração funcional para esta máquina que deixo no link config-3.17.2-rra. Para usar esta configuração execute os comandos a seguir:

wget -O .config http://localhost/linux/kernel/b155max-config-3.17.2-rra
...
[prompt]make oldconfig
...

Caso queira adicionar alguma configuração ou verificar as configurações que fiz, este é o momento. Para isto execute o menuconfig e faça suas mudanças.

make menuconfig

ATENÇÃO: é imprescindível que selecione o sistema de arquivos correto para o seu sistema. Eu geralmente utilizo o jfs, e é o que está configurado neste arquivo de configuração config-3.17.2-rra.

kernel_01

Para o Ext4, ou qualquer outro sistema de arquivos, entre no menu “File systems” do kernel e inclua o sistema de arquivos que esta usando em suas partições ao seu kernel, e não como módulo, inclua-o ao kernel. A figura a seguir é incluído o Ext4 e removido o jfs, que estava previamente selecionado:

kernel_02

Após isto é só compilar e instalar:

make -j20
...
[prompt]make install
...
[prompt]make modules_install
...
  INSTALL sound/pci/hda/snd-hda-codec-via.ko
  INSTALL sound/pci/hda/snd-hda-codec.ko
  INSTALL sound/pci/hda/snd-hda-controller.ko
  INSTALL sound/pci/hda/snd-hda-intel.ko
  INSTALL sound/soundcore.ko
  DEPMOD  3.17.2-rra3

A compilação foi uns 30% mais rápida que em meu Dell XPS 15, com o Intel(R) Core(TM) i7-2670QM CPU @ 2.20GHz, contra o Intel(R) Core(TM) i7-4810MQ CPU @ 2.80GHz, deste Avell. Isto é basicamente o aumento na frequência de operação do processador. Menos de 3% se deve a alguma melhora na tecnologia na arquitetura do chip. Basicamente o que se vê nestes últimos anos de série Core 2 da Intel é a miniaturização -> redução no aquecimento -> aumento na frequência de operação. A arquitetura do chip em si, tem sido pouco alterada.

O kernel novo será instalado em /boot/vmlinuz. É aconselhável copiá-lo para /boot/vmlinuz-3.17.2-rra3, onde a parte final é a assinatura (Para alterar a assinatura entre em “General setup” -> “Local version – append to kernel release” e edite-o). Caso não a tenha alterado esta deve ser versão.do.kernel-rra3.

cp /boot/vmlinuz /boot/vmlinuz-3.17.2-rra3
[prompt]cp /boot/System.map /boot/System.map-3.17.2-rra3

Depois disto pode instalar o kernel com o lilo:

lilo
...

Ou grub-mkconfig, caso esteja usando o grub, geralmente meu preferido:

grub-mkconfig -o /boot/grub/grub.cfg
...

Para continuar, reinicie o sistema com o kernel novo antes de prosseguir.

Obs: Caso experimente um freeze no sistema, uma das duas possibilidades são as mais prováveis:

  • Você não selecionou o File system adequado para a sua instalação. Verifique o sistema de arquivos em /etc/fstab. É onde será montado a raiz do seu sistema de arquivos.
    /dev/sdb8   swap          swap  defaults                    0   0
    /dev/sda1   /             jfs   defaults,noatime,discard    1   1
    /dev/sdb6   /var          jfs   defaults                    1   2
    /dev/sda4   /home         jfs   defaults,noatime,discard    1   2
    /dev/sdb9   /home/disk    jfs   defaults                    1   2
    /dev/sdb10  /home/ftp     jfs   defaults                    1   2
    ...
    

    Verifique a terceira coluna. No exemplo acima o sistema será montado (/) com o sistema de arquivos jfs. Se fizer uma instalação padrão este deve ser ext4;

  • Seu notebook não possui o mesma hardware do meu ou não é um Avell B155MAX.

Este é um kernel personalizado e é bem provável que não funcione em outros notebooks, a menos que o hardware seja muito semelhante.

Wireless: Alguns Ajustes

Neste momento a Realtexk 8723Be já deve funcionar. No entanto experimentei algumas travadas na rede no primeiro kernel que testei o suporte a esta wireless (acho que foi o 3.17.0), com longos intervalos de inatividade. A primeira travada demorou muitas horas para acontecer, mas após isto passou a travar sistematicamente e nem sempre wireless voltou. As informações que encontrei deste problema são esparsas e pouco conclusivas. Não me lembro onde encontrei a todas mas uma busca rápida pela rede trouce uma delas, num fórum do Ubuntu, [1], mas me lembro de muitas outras. O problema parece ser algo comum nesta wireless, cujo o suporte ainda é novo no kernel Linux.

Atualmente o módulo rtl8723be em minha máquina está configurada como segue:

modinfo rtl8723be
filename:       /lib/modules/3.17.2-rra3/kernel/drivers/net/wireless/rtlwifi/rtl8723be/rtl8723be.ko
firmware:       rtlwifi/rtl8723befw.bin
description:    Realtek 8723BE 802.11n PCI wireless
license:        GPL
author:         Realtek WlanFAE 
author:         PageHe  
alias:          pci:v000010ECd0000B723sv*sd*bc*sc*i*
depends:        rtlwifi,rtl8723-common,rtl_pci,btcoexist,mac80211
intree:         Y
vermagic:       3.17.2-rra3 SMP mod_unload 
parm:           swlps:bool
parm:           swenc:using hardware crypto (default 0 [hardware])
 (bool)
parm:           ips:using no link power save (default 1 is open)
 (bool)
parm:           fwlps:using linked fw control power save (default 1 is open)
 (bool)
parm:           msi:Set to 1 to use MSI interrupts mode (default 0)
 (bool)
parm:           debug:Set debug level (0-5) (default 0) (int)

Algumas discussões na rede acusavam o ips, enquanto outros o fwlps. Mais tarde li um terceiro que fazia forte campanha contra o swlps. Confesso que não fui atrás para saber o que cada um significa, apenas os desabilitei criando um arquivo de configuração para o módulo rtl8723be com o comando abaixo:

echo "options rtl8723be fwlps=0 swlps=0 ips=0" \
> /etc/modprobe.d/rtl8723be.conf

No momento está funcionando muito bem, mas definitivamente necessita de mais leitura e teste para entender o que está acontecendo. Mais uma pendência que deixarei para futuras edições.

Outra opção encontrei num fórum do Ubuntu.

http://ubuntuforums.org/showthread.php?t=2243978

Bastando usar as opções

echo "options rtl8723be fwlps=N ips=N" > /lib/modprobe.d/rtl8723be.conf

Vídeo: Bumblebee e a NVidia

Acabei por utilizar o drive proprietário da NVidia no lugar do nouveau. Ao menos até a versão 3.17.1 do kernel linux, quando ainda tentava usar o driver nouveau, este estava dando um erro ao carregar, o qual chegou a travar o notebook algumas vezes. O problema ficou mais crítico com o kernel 4.0, já o 4.1 e 4.2 (recente) não cheguei a testar.

O Bumblebee é uma ferramenta que permite implementar a tecnologia Optimus, da NVidia, no Linux. Esta consiste em chavear entre a placa de vídeo Intel® HD Graphics 4600 e a GeForce GTX 850M quando o sistema necessidade de desempenho gráfico. Esta tecnologia somente tem sido empregada em notebooks, onde o consumo de energia de uma GeForce GTX 850M é bem superior ao da Intel® HD Graphics 4600. Isto faz o chaveamento imprescindível para aumentar a autonomia da bateria.

O Bumblebee ainda tem algumas limitações, mas tem evoluído consideravelmente a cada versão e para ser franco não cheguei a notar nenhum aquecimento neste notebook por ausência do módulo bbswitch (quem faz o chaveamento entre as controladoras de vídeo), mas no meu notebook anterior o aquecimento era substancial se não o instalasse. Por isto aconselho utilizá-lo.

Para o Slackware existe um ótimo howto para a instalação do Bumblebee em docs.slackware.com:nvidia_optimus. A forma mais rápida de instalá-lo, e a que eu prefiro, é utilizar o script do Ryan McQuen, com o comando abaixo:

curl https://raw.githubusercontent.com/ryanpcmcquen/linuxTweaks/master/slackware/crazybee.sh | sh
...

O script fará todo o trabalho sozinho: baixando as fontes, compilando, empacotando e instalando os pacotes abaixo para você:

bbswitch-0.8_4.1.1-rra1-x86_64-1_bbsb
bbswitch-0.8_4.1.3-rra1-x86_64-1_bbsb
bbswitch-0.8_4.1.6-rra1-x86_64-1_bbsb
bumblebee-3.2.1-x86_64-1_bbsb
libbsd-0.7.0-x86_64-1_bbsb
nvidia-bumblebee-352.41-x86_64-1_bbsb
nvidia-kernel-352.41_4.1.6_rra1-x86_64-1_bbsb
primus-0.1.7-x86_64-1_bbsb

Os pacotes nvidia-bumblebee e nvidia-kernel atualizei para a última versão dos drivers da NVidia na primeira vez que instalei. Não há nenhuma garantia de que funcione mas se tiver interesse basta executar os 4 passos a seguir:

  1. Entre nas pastas ftp://download.nvidia.com/XFree86/nvidia-settings/ e ftp://download.nvidia.com/XFree86/nvidia-xconfig/ e baixe as últimas versões dos programas nvidia-settings e nvidia-xconfig. No momento em que escrevo este texto a versão é a 355.11:
    VERSION=355.11
    [prompt]cd /root/Bumblebee-SlackBuilds/nvidia-bumblebee
    [prompt]wget ftp://download.nvidia.com/XFree86/nvidia-settings/nvidia-settings-$VERSION.tar.bz2 \
    ftp://download.nvidia.com/XFree86/nvidia-xconfig/nvidia-xconfig-$VERSION.tar.bz2
    
  2. Em seguida baixe a última versão dos drivers da NVidia de ftp://download.nvidia.com/XFree86/Linux-x86_64/. Este deve ser a mesma versão dos programas anteriores, neste caso o 355.11:
    [prompt]wget ftp://download.nvidia.com/XFree86/Linux-x86_64/$VERSION/NVIDIA-Linux-x86_64-$VERSION.run
    ...
    
  3. Agora compile o nvidia-bumblebee e atualize-o:
    VERSION=$VERSION ./nvidia-bumblebee.SlackBuild
    ...
    [prompt]upgradepkg --install-new --reinstall /tmp/nvidia-bumblebee-355.11-x86_64-1_bbsb.txz
    ...
    
  4. Em seguida mude para o diretório do nvidia-kernel, crie um link para o driver da NVidia, compile e instale-o:
    cd ../nvidia-kernel/
    [prompt]ln -s ../nvidia-bumblebee/NVIDIA-Linux-x86_64-$VERSION.run .
    [prompt]VERSION=$VERSION ./nvidia-kernel.SlackBuild
    ...
    [prompt]upgradepkg --install-new --reinstall /tmp/nvidia-kernel-355.11_4.1.6_rra1-x86_64-1_bbsb.txz
    ...
    

Agora pode iniciar o Bumblebee e reiniciar o xorg, ou simplesmente reiniciar o sistema:

chmod +x /etc/rc.d/rc.bumblebeed
[prompt]/etc/rc.d/rc.bumblebeed start
[prompt]startx
...

Uma vez instalado e reiniciado o sistema gráfico, teste a instalação com o comando a glxgears:

vblank_mode=0 primusrun glxgears -info
ATTENTION: default value of option vblank_mode overridden by environment.
ATTENTION: default value of option vblank_mode overridden by environment.
GL_RENDERER   = GeForce GTX 850M/PCIe/SSE2
GL_VERSION    = 4.5.0 NVIDIA 352.41
GL_VENDOR     = NVIDIA Corporation
GL_EXTENSIONS = GL_AMD_multi_draw_indirect GL_AMD...
...
13008 frames in 5.0 seconds = 2601.432 FPS
14143 frames in 5.0 seconds = 2828.509 FPS
13981 frames in 5.0 seconds = 2796.096 FPS
14074 frames in 5.0 seconds = 2814.649 FPS
13891 frames in 5.0 seconds = 2777.946 FPS
13795 frames in 5.0 seconds = 2758.891 FPS

Isto deve rodar uma animação de engrenagens a pelo menos 2.800FPS. Isto não serve como benchmark, mas as primeiras linhas afirmam que o drive da NVidia está rodando.

Observe que se executar este comendo com o Intell a renderização chega a alcançar até 11.000FPS.

vblank_mode=0 glxgears -info          
ATTENTION: default value of option vblank_mode overridden by environment.
ATTENTION: default value of option vblank_mode overridden by environment.
GL_RENDERER   = Mesa DRI Intel(R) Haswell Mobile 
GL_VERSION    = 3.0 Mesa 10.6.5
GL_VENDOR     = Intel Open Source Technology Center
GL_EXTENSIONS = GL_ARB_multisample GL_EXT_abgr GL_EX...
...
54772 frames in 5.0 seconds = 10954.311 FPS
55340 frames in 5.0 seconds = 11067.887 FPS
56396 frames in 5.0 seconds = 11279.099 FPS
51273 frames in 5.0 seconds = 10254.354 FPS

Áudio: Selecionar a Saída de Áudio

O próximo passo é escolher uma saída de áudio padrão. Primeiro localize as saídas disponíveis com o comando aplay:

~ # aplay -l
**** List of PLAYBACK Hardware Devices ****
card 0: HDMI [HDA Intel HDMI], device 3: HDMI 0 [HDMI 0]
  Subdevices: 1/1
  Subdevice #0: subdevice #0
card 0: HDMI [HDA Intel HDMI], device 7: HDMI 1 [HDMI 1]
  Subdevices: 1/1
  Subdevice #0: subdevice #0
card 1: PCH [HDA Intel PCH], device 0: VT1802 Analog [VT1802 Analog]
  Subdevices: 1/1
  Subdevice #0: subdevice #0
card 1: PCH [HDA Intel PCH], device 2: VT1802 Alt Analog [VT1802 Alt Analog]
  Subdevices: 1/1
  Subdevice #0: subdevice #0

Se quiser testar as saídas tende o comando aplay -D plughw:<card>,<device> sound.wav:

aplay -D plughw:0,0 /usr/share/sounds/alsa/Rear_Right.wav
...
[prompt]aplay -D plughw:1,0 /usr/share/sounds/alsa/Rear_Right.wav
Playing WAVE '/usr/share/sounds/alsa/Rear_Right.wav' : Signed 16 bit Little Endian, Rate 48000 Hz, Mono
...

A menos que esteja com a hdmi conectada, o som deve sair pelos alto-falantes do notebook com o card=1 e device=0. Neste caso crie o arquivo /etc/asound.conf com os comandos a segui:

cat << EOF > /etc/asound.conf
pcm.!default {
type hw
card 1
}
ctl.!default {
type hw
card 1
}
EOF

Aplicativos: Alguns Complementos para o Slackware

Uma dos atributos que mais gosto no Slackware é que o sistema padrão já vem muito completo, necessitando de poucos outros aplicativos/ferramentas para as minhas necessidades.

A primeira ferramente, que julgo indispensável no Slackware é o SBoPkg. Fiz um texto apresentando-o, Construindo/Instalando pacotes com o SBopkg, cuja a ideia na época era incentivar usuários a utilizarem-no e contribuir com mais SlackBuilds. Uma instalação rápida para a versão atual do script é apresentado a seguir:

wget http://sbopkg.googlecode.com/files/sbopkg-0.37.0-noarch-1_cng.tgz
[prompt]installpkg sbopkg-0.37.0-noarch-1_cng.tgz
Verifying package sbopkg-0.37.0-noarch-1_cng.tgz.
Installing package sbopkg-0.37.0-noarch-1_cng.tgz:
PACKAGE DESCRIPTION:
# sbopkg  (SlackBuilds.org Package Browser)
#
# Sbopkg is a command-line and dialog-based tool to interact with the
# SlackBuilds.org repository, a collection of third-party SlackBuild
# scripts to build Slackware packages.
#
# Homepage:  http://www.sbopkg.org
#
Executing install script for sbopkg-0.37.0-noarch-1_cng.tgz.
Package sbopkg-0.37.0-noarch-1_cng.tgz installed.

Por fim edite o arquivo de configuração /etc/sbopkg/sbopkg.conf ajustando as opções conforme o seus desejos. Não é necessário fazer nenhuma alteração. Em seguida carregue a árvore de SlackBuilds e está pronto para o uso.

sbopkg -r

The following directories do not exist:

Variable                   Assignment
--------                   ----------
REPO_{ROOT,NAME,BRANCH} -> /var/lib/sbopkg/SBo/14.1
LOGFILE directory -------> /var/log/sbopkg
QUEUEDIR ----------------> /var/lib/sbopkg/queues
SRCDIR ------------------> /var/cache/sbopkg
TMP ---------------------> /tmp/SBo

You can have sbopkg create them or, if these values are incorrect, you can
abort to edit your config files or pass different flags.

(C)reate or (A)bort?: C
Syncing with the remote repository into /var/lib/sbopkg/SBo/14.1.
...

Demora um pouco para baixar os 5471 SlackBuilds, além de outros tantos patchs e informações dos pacotes. Para mim a única falha do sbopkg é a ausência de uma opção para a resolução automática de dependência. Cheguei a fazer um script próprio em python para substituí-lo, mas ainda necessida de outras implementações para fazê-lo com eficientemente.

Instalando Programas

O primeiro aplicativo a instalar é o LibreOffice. Tenho uma montagem do LibreOffice da RedHat com os pacotes linguísticos que mantenho em um repositório pessoal,

wget http://localhost/linux/LibreOffice/5.0/libreoffice-5.0.1_pt_BR-x86_64-1_rra.txz
[prompt]installpkg libreoffice-5.0.1_pt_BR-x86_64-1_rra.txz

ou pode usar o montador do sbopkg, mas neste caso terá de instalar mais dois pacotes libreoffice-helppack e libreoffice-langpack:

sbopkg -i libreoffice
...
[prompt]sbopkg -i libreoffice-helppack
...
[prompt]sbopkg -i libreoffice-langpack
...

Não tenho certeza, mas acho que a linguagem é buscada no sistema. O próximo pacote é o gst-plugins-ugly, necessário para o Amarok tocar mp3. Isto se deve a questões polícias com os USA.

sbopkg -i gst-plugins-ugly
...

O próximo é uma questão estética, mas dispensável. O pacote gtk-kde4 faz com que os aplicativos feitos em GTK tenham uma aparência mais próxima aos outros aplicativos feitos em QT do KDE.

sbopkg -i gtk-kde4
...

Uma outra fonte fantástica de pacotes é o AlienBob (Eric Hameleers). Ele é o empacotador oficial do Slackware64 Se quiser experimentar as novas versões do KDE 5, ou mesmo a última do KDE 4, a página do AlienBob deve entrar em seus favoritos. No momento estou usando 195 pacotes feitos por ele, como kde 4.14.3, vlc, jdk, … O kde 4.14.3 vai necessitar fazer um upgrade para o Slackware-Current, que vou deixar para outro momento. Mas alguns pacotes importantes que recomendo são instalados com os comandos a seguir:

wget http://www.slackware.com/~alien/slackbuilds/flashplayer-plugin/pkg64/current/flashplayer-plugin-11.2.202.508-x86_64-1alien.txz \
http://www.slackware.com/~alien/slackbuilds/openjdk/pkg64/current/openjre-7u85_b01-x86_64-1alien.txz
...
[prompt]installpkg flashplayer-plugin-11.2.202.508-x86_64-1alien.txz
...
[prompt]installpkg openjre-7u85_b01-x86_64-1alien.txz
...

Bibliotecas com suporte 32 bits, wine, o cliente Steam, …, são alguns dos pacotes dos disponíveis, entre muitos outros. Visite a página Alien Pastures conheça o repositório http://www.slackware.com/~alien/slackbuilds. Não tem tempo perdido ali.

Conclusão

Acho que cheguei ao final deste texto. O Som ainda apresenta alguns problemas mas acho que são mais devido a instabilidades em algum pacote da versão current do Slackware que a suporte ao hardware. Teria também outras coisas a acrescentar, mas vou deixar para edições posteriores.