Slackware 64bits, agora oficial
Depois de anos de espera, Patrick Volkerding, mantenedor da mais antiga distribuição Linux, o Slackware, criou um port oficial para o Slackware em 64bits. Ports não oficiais para o Slackware já são conhecidos a alguns anos, dentre eles o Slamd64, um port 64bits com suporte a aplicativos 32bits, e o Bluewrite64, cujo o objetivo era ser um port 100% 64bits, do Slackware.
Sistemas Linux em 64bits não são novidades a muito tempo em outras distribuições, mas creio que a postura do Patrick, diz respeito a portabilidade dos aplicativos, que até pouco tempo, em sua grande maioria, eram adaptadas apenas para trabalharem em 32bits. Mas os aplicativos evoluíram e hoje, praticamente todos podem ser compilados em 64bits, sem maiores problemas.
Uma das grandes dificuldades para a mudança para uma plataforma 64bits parecem vir dos plugins dos navegadores (Realtime, Flash, …), alguns aplicativos (até a versão 2, o OpenOffice não possuía suporte a 64bits) e drivers não livres. Algumas destas dificuldades já foram sanadas, como o OpenOffice 3.X, o Flash64, além de outras soluções livres para este plugin, drivers da NVidia, ATI e Intel em 64bits, entre outros. Atualmente é possível operar um sistema em Linux em 64bits sem ter que apelar para soluções 32bits, ou mesmo remendos bizarros.
O port ainda está em fase de teste, na árvore current, por enquanto, mas já traz algumas novidades para os mais entusiasmados, como a última versão estável do KDE, 4.2.3, kernel 2.6.29.2, um release do k3d para o KDE4, MPlayer, além de várias outras atualizações de diversos aplicativos e bibliotecas.
Outras novidades ficam por conta do diretório de extras, com o mplayerplug-in, RecordMyDesktop, partitionmanager e o wicd. A estrutura de diretórios adotadas segue o mesmo padrão do Slamd64, com um diretório /lib64 na raiz e em /usr, para as bibliotecas 64bits. Suponho que deva ter bem mais de Slamd64 nesta versão 64 do Slackware.
Quem se propor a testá-lo, não se surpreenda em encontrar alguns problemas. Até o momento encontrei apenas dois inconvenientes. O primeiro, talvez mais particular, é que ainda não disponibilizaram uma versão funcional do grub, por isto terá que usar o lilo, e o segundo, foi por conta da interface do instalador do driver da NVidia, o qual gerou uma bagunça no texto e opções, mas depois de um pouco de adivinhação, instalou sem problemas.
O anúncio saiu no dia 19 de maio, com previsão para o lançamento da primeira versão estável, junto com a versão 13.0 do Slackware, provavelmente entre junho e agosto, próximo.
A nóticia está no sire oficial do Slackware.
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